Exames
DISMORFISMO ERITROCITÁRIO
Dicas:
Coleta:
- Fazer higiene íntima antes de realizar a coleta;
- Coletar, preferencialmente, a primeira urina da manhã ou após intervalo mínimo de 2 horas sem urinar;
- Iniciar a micção: desprezar o 1º jato da urina e recolher o jato médio, evitando encher o frasco até a tampa;
- Desprezar também o jato final;
- Fechar o frasco imediatamente e encaminhar ao laboratório no prazo máximo de 1 hora.
Importante:
- Mulheres em período menstrual devem colocar um tampão (absorvente interno) antes da coleta para evitar contaminação;
- Informar se está em uso ou se tomou antibiótico nos últimos 5 dias que antecedem a coleta;
- Informar se está em uso de algum antisséptico urinário (Cystex, Pyridium….).
Interpretação:
A presença de hemácias dismórficas apresenta boas sensibilidade e especificidade para hemorragias glomerulares, porém existem outras situações em que o dismorfismo também poderá ser encontrado, sem necessariamente existir lesão glomerular, como: infecção do trato urinário, cálculo renal, hipertrofia prostática, nefropatia de refluxo, estenose ureteropélvica, exercícios físicos, entre outros. Pode ser encontrado alterações glomerulares com ausência de dismorfismo eritrocitário, como em glomerulonefrites pós-estreptocócica, crescêntica e membranoproliferativa, síndrome hemolítico-urêmica e nefropatia membranosa.
Aplicação:
O exame de dismorfismo eritrocitário ou pesquisa de hemácias dismórficas permite avaliar a morfologia das hemácias e quando são observadas hemácias semelhantes às encontradas na circulação sanguínea, estas são definidas como isomórficas, sugerindo hemorragias não-glomerulares, ou seja, as hemácias são provenientes dos túbulos, ductos ou do trato urinário restante.
Ao contrário, quando as hemácias apresentam alterações na forma, cor, volume e conteúdo de hemoglobina, podendo apresentar diversas projeções em suas membranas celulares e formas bicôncavas ou esféricas, são consideradas dismórficas e estão envolvidas em hematúria glomerular.
Revisado em 14/06/2021